domingo, 13 de março de 2011


Um povo sem história é um povo sem identidade.

Já foi dito que um povo sem história e um povo sem identidade. Durante a colonização da África a verdade sobre seu desmembramento foi escondido do mundo. O conhecimento da historiografia, ou a história contada sob a perspectiva do dominado, contribuiu para o conhecimento concreto da realidade da África. Em são Paulo, vivemos uma situação semelhante, pois existe uma ideologia de controle sob a manta de ajuda, estratégia igual, foi oferecida aos africanos e, possivelmente, semelhante à ajuda que o presidente George W. Bush ofereceu ao Afeganistão: “seguiremos os desígnios divinos ao invadir o Afeganistão”.

            Nesse sentido, o conhecimento da história é essencial para a compreensão, não de uma realidade, porém várias realidades. No caso da África, os estudos mais antigos somente trazem um ponto de vista: do europeu. Porém, provocamos uma reflexão: A história do governo de São Paulo reflete de que maneira na educação? Lembremos que um mesmo governo está na direção há 20 anos. Na África, tivemos uma partilha do continente entre países da Europa, que permaneceram no governo por mais de cem anos. Como está a África? A gestão americana dos Bush (pai e filho) como deixaram a América e o mundo? E o Estado de São Paulo, com uma única legenda no governo por 20 anos? Algo mudou?

            No entanto, os estudos históricos atualmente contribuem na desmistificação e com a quebra de ideais cristalizados de dominação. Mostrando outros vieses da história do dominado. Sendo que os dominados não foram coniventes com o domínio, mas sua história é rica de multirreações contrarias à política de dominação. Outro termo que precisa ser desmistificado é o da colaboração, os colaboradores, nem sempre o eram, porém havia permissividade em pró de interesses particulares. Cremos que o melhor termo para substituir o pejorativo “colaboradores” seriam aliados. Poderíamos nomear desta maneira os defensores de políticas contrária aos interesses dos “dominados” da educação de São Paulo? Talvez não. Simplesmente não conhecem a história, ou tenham interesses pessoais envolvidos!

            Dessa maneira, os estudos históricos ampliam a visão e o conhecimento das estratégias políticas, contudo somente através de um vasto conhecimento sobre esse assunto, pode-se compreender o passado, agir no presente e adquirir uma visão transformadora do futuro. Não aceitando pseudo soluções como manto de ajuda e democracia. Como está se propondo na educação do Estado de São Paulo, devemos conhecer a história para retirar o manto ideológico que nos cobre. Caso contrário, somente teremos um ponto de vista: do governo, como aconteceu na África.

Fábio O Santos

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